domingo, 15 de julho de 2007

Próximo

Quem não gostaria de ser o próximo? O próximo ganhador da loteria, o próximo a ser contratado, o próximo contemplado em seu grupo de consórcio.

Mas quem deseja ser o próximo de alguém? Não com o sentido de seguinte, mas o que está mais perto, aquele pronto a apoiar, estender a mão?

Nossa situação social atual, nossa condição, nos afasta do outro, nos insensibiliza ao problema alheio, desune e enfraquece os laços da sociedade humana.

O fato é que a condição humana exige a sociabilização. Sem os outros não somos ninguém, a comunidade nos transforma em força para sobreviver e prosseguir.

Precisamos redescobrir o sentimento da compaixão. Ao nos compadecermos dividimos a dificuldade, tornamos o fardo mais leve e a vida mais 'viva'. Na compaixão nos vemos e nos entendemos mais irmãos.

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