sábado, 11 de outubro de 2008

Sapere

Sapere aude!

Com toda razão, Kant nos conclamou a ousar saber. Termos coragem e sermos atrevidos no uso de nossa compreensão, de nosso entendimento.

Certamente não somos feitos de razão pura, mas se algo nos distingue de outros seres, é a capacidade (ou possibilidade) de racionalizarmos o mundo!

Dom supremo, forte tentação à soberba, precisamos aprender a possuí-lo. Sem medo e sem ufanismos, precisamos valorizá-lo e ousar.

Se há algo difícil de justificar é a omissão em seu uso. Como se isentar de seu exercício? De que forma poderíamos abdicar de tão sublime condição?

Há quem diga ser melhor a ignorância. Mais felizes seriam aqueles alheios à reflexiva e incessante sina humana... Seriam mesmo?

O saber, o conhecimento, é caminho árduo e revelador. Arrasta-nos à maturidade. Promove o nosso resgate da inocência pueril. Entender melhor o mundo e realidade muitas vezes é sofrido, angustiante, amedrontador!

Coragem! Garantem muito que lá estão, ser gratificante o carinho do saber com quem o procura. A instigante saga de sua busca e a saciedade com seu encontro. Alma repleta, espírito elevado, uma vez experimentado o gosto, dificilmente desejaremos esquecê-los.

Cypher, em Matrix, prefere a ilusão de um delicioso e suculento filé sensorial. Covardia de quem se sente sem forças para saborear a vida, com seus temperos, doces ou amargos. Têm lá seus motivos... O banquete bem servido tem um lema no cardápio: ouse saber!

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