Passarelas do cotidiano, tão pouco lembradas.
Desfilamos nossa vida diária por sobre elas, talvez por isso raramente reparamos em sua existência. A menos que pisemos em algum buraco...
Em São Paulo, é lugar comum (no sentido concreto e figurado) a reclamação das péssimas condições de conservação das calçadas. Buracos, irregularidades, pisos inadequados, conseqüências de conturbada rotina.
Ontem, na volta para casa, reparei na reforma do calçamento nas proximidades da estação do Metrô, mais um benefício da implantação do bicicletário nas imediações do local.
Só então reparei na cobertura antiga, feita daquelas pedrinhas (conhecido como mosaico português), magicamente encaixadas, formando imenso arranjo, quebra-cabeça para poucos. Foram substituídas por bloquinhos de concreto, com desenho bem específico, mas igualmente combinados, apenas de maneira mais fácil.
Notei, principalmente, a imensidão destes elementos empilhados, esperando sua colocação no destino final, para servir aos nossos passos rotineiros. E o sem-número de verdadeiros "mestres" na obra, posicionando um a um para construir esquecido trabalho. De maneira tão extensa e tão rápida.
Em poucos dias, algo entre 2 ou 3, estava tudo disposto, perfeitamente ajustado. Depois de pronto, dificilmente avaliaríamos o grau de destreza para fazê-lo. E eles o fazem, displicentemente, entre um olhar vago e outro, entre uma ou outra cara de mau-humor.
Célebres alguns calçamentos, como o da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ganharam um pouco mais de admiração. Pouco fosse o trabalho em concebê-lo, com seu desenho singular e iconográfico, qual não terá sido o esforço em transformá-lo em realidade?
Na Avenida Paulista, a ilustre esquecida foi alvo de acirrada discussão. Sua reforma consumiria alguns milhões de reais. Era necessário tanto dinheiro? Afinal é uma "singela" calçada... Como se fosse, em sua extensão de poucos quilômetros, aprendi que certamente o trabalho é mais pesado e caro do que parece.
Sigo assim, passos mais zelosos e contemplativos. A floresta de calçadas paulistanas oferece safári rico em diversidade. Reformas, melhorias e adequações são extremamente necessárias. Urbanistas e administradores públicos bem o sabem. Batalha epopéica com louros dignos de César para o vencedor.
Desfilamos nossa vida diária por sobre elas, talvez por isso raramente reparamos em sua existência. A menos que pisemos em algum buraco...
Em São Paulo, é lugar comum (no sentido concreto e figurado) a reclamação das péssimas condições de conservação das calçadas. Buracos, irregularidades, pisos inadequados, conseqüências de conturbada rotina.
Ontem, na volta para casa, reparei na reforma do calçamento nas proximidades da estação do Metrô, mais um benefício da implantação do bicicletário nas imediações do local.
Só então reparei na cobertura antiga, feita daquelas pedrinhas (conhecido como mosaico português), magicamente encaixadas, formando imenso arranjo, quebra-cabeça para poucos. Foram substituídas por bloquinhos de concreto, com desenho bem específico, mas igualmente combinados, apenas de maneira mais fácil.
Notei, principalmente, a imensidão destes elementos empilhados, esperando sua colocação no destino final, para servir aos nossos passos rotineiros. E o sem-número de verdadeiros "mestres" na obra, posicionando um a um para construir esquecido trabalho. De maneira tão extensa e tão rápida.
Em poucos dias, algo entre 2 ou 3, estava tudo disposto, perfeitamente ajustado. Depois de pronto, dificilmente avaliaríamos o grau de destreza para fazê-lo. E eles o fazem, displicentemente, entre um olhar vago e outro, entre uma ou outra cara de mau-humor.
Célebres alguns calçamentos, como o da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ganharam um pouco mais de admiração. Pouco fosse o trabalho em concebê-lo, com seu desenho singular e iconográfico, qual não terá sido o esforço em transformá-lo em realidade?
Na Avenida Paulista, a ilustre esquecida foi alvo de acirrada discussão. Sua reforma consumiria alguns milhões de reais. Era necessário tanto dinheiro? Afinal é uma "singela" calçada... Como se fosse, em sua extensão de poucos quilômetros, aprendi que certamente o trabalho é mais pesado e caro do que parece.
Sigo assim, passos mais zelosos e contemplativos. A floresta de calçadas paulistanas oferece safári rico em diversidade. Reformas, melhorias e adequações são extremamente necessárias. Urbanistas e administradores públicos bem o sabem. Batalha epopéica com louros dignos de César para o vencedor.
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