sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Resiliência

Gigantes se movem devagar, mas se movem.

Em matéria de resiliência, é inegável a capacidade da Microsoft em enfrentar as mudanças, seja pelo seu poder financeiro, seja pela abnegação de seus líderes.

Como gosta de proferir um ex-colega de trabalho, resiliência, segundo o Aurélio (no meu caso o Houaiss), é capacidade de se recobrar ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.

A empresa de Redmond pode demorar, mas dificilmente deixou da pegar o bonde da história, pelo menos até o momento. Recria algo existente, adquire um participante do mercado, dá um jeito de entrar nas novas ondas.

Por exemplo, na área de servidores, sempre foi muito criticada e surgiu em desvantagem. O tempo passou, ela conquistou espaço e lançará em breve servidores muito bem cotados pelos especialistas.

No enfrentamento do seu maior adversário atual, a Google, procura desenvolver sua nova face no mundo das aplicações como serviço.

Sua iniciativa Live procura fazer frente ao conjunto de soluções da concorrente. Embora ainda não pareça tão azeitada quanto a turma colorida de Mountain View, suas aplicações forma um conjunto com muito potencial e grandes promessas.

Sou assinante do Hotmail muito antes de ele pertencer à Microsoft. É isso mesmo, jovens internautas! Muito antes de ganhar as cores azuis, seus tons azuis vinham de outras fontes. Uma vez incorporado, fez mais efeito do que a iniciativa do MSN (não o Messenger), em terras tupiniquins.

Outras tantas ferramentas surgiram. A agenda e o calendário, por exemplo, insinuam ser mais parrudos que os outros do mercado. O serviço de mapas tem acabamento diferenciado e opções distintas do que acreditamos ser padrão, oferecendo alternativas interessantes. Tantas vantagens e isso sem contar, é claro, com as idéias do Office Live.

"Parafraseando" o Google Labs, há o Live Labs, com a mesma proposta: apresentar os "pães no forno". O primeiro tem muito mais fornadas para sair, mas o segundo mostra delícias muito atraentes, para futuros bem próximos.

Todo esse jogo lembra muito a fábula de Esopo do "Carvalho e o Junco". Ainda não sabemos o quanto o carvalho poderá resistir. Só o futuro dirá... Para ajudá-lo, bem que ele poderia pensar em soltar um pouco suas raízes do velho terreno do Windows...

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