domingo, 26 de outubro de 2008

Guia

Em que verdadeiramente acreditamos?

Pergunta das mais difíceis, a definição de nossa ronda o mundo do mistério, dos nebulosos céus das mais diferentes idéias e conceitos, mar revolto de valores e preceitos.

Somos guiados pelas nossas convicções, sejam elas admitidas ou não, reveladas ou veladas, conscientes ou inerentes aos nossos atos. Sem perceber, cada passo se conduz sobre a calçada de nossa ideologia.

Mundo mutante, vida agitada, revoluções diárias e as pedras do calçamento parecem oscilar sob os efeitos das mudanças de temperatura do universo social.

Ficamos perdidos se fiamos nosso acreditar em um conjunto de regras, ou na interpretação fundamentalista delas. Deslumbrados com o embrulho, negligenciamos a apreciação de seu conteúdo.

Quem sabe a chave não está na simplicidade? Em filtrar os inúmeros objetivos e desejos, as satisfações pessoais, para encontrar resumidamente o que mais nos apraz. O que podemos considerar realmente essencial, indispensável?

Inevitável acorrer ao outro. Buscar a união entre as pessoas. A sincera preocupação com o próximo transcende a mera preocupação. Realmente se importar, ou melhor, dar devida importância às vidas presentes pela vida.

Inegáveis são as mudanças comportamentais em nossa sociedade relativas ao cuidado com o próximo, mas há muito mais a fazer. Principalmente a sincera conversão de nosso ímpeto para o auxílio. Sem dúvida, hoje "pega mal" agir de maneira politicamente incorreta, porém isso é insuficiente...

Um dia irmanados, de corações unidos, poderemos esperançar mais justiça e fraternidade. Menos desavenças, menos mesquinhez, menos sofrimento... Utopia? Contravenção à ordem natural? Pago para ver! É mais fácil do que podemos imaginar.

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