sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Costumes

Certo hoje, amanhã quem saberá?

Hábitos e costumes se transformam constantemente na sociedade. Mesmo inovações, por um momento, em outro podem ser mostrar ultrapassadas.

Houve um tempo em que era comum a comunicação por cartas. Lembro de minha avó, a esperar notícias em papel, vindas de Portugal.

Se não estou enganado, as cartas chegavam a demorar 15 dias para percorrer mares e terras distantes. Uma espera que presenteava com diferentes contornos a troca de mensagens.

Eu também me correspondia, com papel e tinta, com minha tia no interior do estado de São Paulo. Pelo menos anualmente, escrevia para uma amiga, moradora da cidade litorânea de Santos.

Terras tão distantes, não? Bem próximas, na verdade. E as cartas aproximavam ainda mais nossos corações. Até para meu primo, residindo em Paris, os serviços dos correios foram valorosos por um longo tempo.

E um dia aconteceu o e-mail! Rapidamente mostrou sua eficácia e dominou o mundo de ponta a ponta. Nem os mais ágeis serviços postais seriam capazes de superá-lo em sua rapidez. Praticamente instantâneas, as mensagens eletrônicas singram o planeta chegando aos locais mais recônditos.

O volume de troca de mensagens explodiu exponencialmente. É crescente a dificuldade de administrar o número delas recebido. Os serviços precisaram ampliar sua capacidade armazenamento e transferência.

Junto com a facilidade veio a dificuldade... Num piscar de olhos éramos assolados por spams, vírus, trojans e e-mail marketing. O correio eletrônico ganhou tantas atribuições que até podemos nos perguntar o quanto restou de correio...

Independentemente de alegrias e tristezas, a solução soava como a mais promissora e possivelmente eterna para nossa comunicação. Equivocada avaliação... Foi assim para talvez até uma geração após a minha. A galerinha de hoje já não está nem aí para o e-mail.

Sua preferência recai para o Orkut, Twitter, MSN e afins. Preguiça de escrever? Maior agilidade na troca de mensagens? Necessidade de menos formalismo? Difícil resposta! Se quisermos acompanhar, nos resta acostumar com as novas tendências. A nova geração levará seus costumes para o futuro, se é que esses costumes perdurarão...

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