terça-feira, 21 de outubro de 2008

Photosynth

Tecnologias mudam nossa forma de expressão.

Quase 200 anos atrás, as primeiras experiências fotográficas certamente não passavam de borrões monocromáticos em uma folha de papel branco.

Uma boa dose de imaginação era necessária para interpretar aquelas impressões como representações de algum objeto real.

Com o aumento do domínio da química necessária, aliado ao desenvolvimento de materiais, sua qualidade melhorou sensivelmente.

Um dia surgiu a fotografia em cores. É bem verdade que novas cores, novas necessidades. E a qualidade se perdia com o tempo... Quem nunca teve um álbum de fotos roxas (depois de algum tempo de envelhecimento, é claro)?

Os equipamentos também mudarão muito desde a simples câmara escura para sofisticadas câmeras reflex, com objetivas repletas de elementos óticos e filtros variados. Filmes com especificações diversas, para cada aplicação, de luz, tema ou ambiente.

Célebres fabricantes fizeram história e deixaram seus nomes no panteão da fotografia. Leica, Rolleiflex, Kodak, Canon e Nikon. E um dia tudo se digitalizou! Desmaterializaram a fotografia mais um pouco. Afinal, qual o elemento de trabalho do fotógrafo?

Entre puristas, saudosistas, early adopters e amadores de plantão, pouco concordância impera. Num mar de tecnologias e ferramentas disponíveis, cada qual se agarra naquelas que mais lhe satisfazem os desejos de realização de um grande trabalho.

No mundo dos softwares de manipulação de imagens, surgiu uma experiência on-line interessantíssima. Fruto da parceria entre a Microsoft e a Universidade de Washington, o Live Labs apresenta o Photosynth.

Misto de tecnologia e site para rede social, ele permite que enviemos diversas fotos do mesmo ambiente, objeto, monumento, ou qualquer outro tema desejado e possamos visualizar como um conjunto único, quase como uma viagem em 3D na imagem.

Na fase inicial, uma das restrições é que qualquer trabalho enviado é público. Há diversos exemplos para conhecer e a experiência de navegação é muito divertida. Lembra visões futuristas, como no filme Minority Report ou um tanto psicológicas, como em Amnésia.

É a Microsoft correndo atrás do prejuízo no mundo virtual. Pelo jeito, se depender deles, em breve poderemos acessar hologramas, como os enviados pela Princesa Léia e Obi-Wan, em Star Wars. Pena que neste prodigioso futuro ainda dependamos do velho Windows...

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