sexta-feira, 6 de março de 2009

Quebra-cabeça

Adoráveis e enigmáticos quebra-cabeças.

Faz tanto tempo que nem lembro, desde quando me interesso por quebra-cabeças, dos mais diversos tipos. Só sei que cativam, quase viciam.
Semanas atrás, eu lembrei e escrevi sobre o Cubo Mágico. Já se foi seu tempo, mas perdi bastante tempo tentando resolvê-lo. Assim como outros similares, com cilindros e contas.

Também lembro daqueles pequenos quadrinhos, com quatro fileiras e quatro colunas para letras. Um único espaço vago permitia o deslizar das peças. Era necessário formar palavras em todas as linhas.

Havia aqueles de argolas ou aros entrelaçados, vendidos em lojas de artigos de mágica, ou banquinhas pela rua. Uma simples volta e tudo estava resolvido.

Não podiam faltar os tradicionais. Grafismos ou fotos recortadas em milhares de pedacinhos com certa simetria, mas cada qual com seu formato. Dias, meses, a tentar completar a construção da obra-prima.

Sudoku foi uma febre. Primeiro com revistas consumidas com aumento contínuo da dificuldade. Cheguei mesmo a criar um programa, para gerar combinações e jogar. O Motirô fez certo sucesso e está até hoje disponível no Superdownloads.

Por falar em revistas, as clássicas palavras cruzadas enterteram meu pai por horas e dias a fio. Sempre houve a tentação de dar uma olhada na solução, nas páginas finais. Resistir à saída fácil aumentava o barato em conseguir desvendar todas as palavras indicadas.

Às vezes me pergunto se o gosto pelos enigmas para a cachola é comum. Fará parte do espírito humano ser assolado pelo desejo de resolver problemas, buscar encontrar a lógica que desfaz o mistério proposto? Quais seriam suas raízes?

Li estes dias que os quebra-cabeças exigem o uso dos dois hemisférios do cérebro, o direito e o esquerdo. Conciliação de nossas duas vertentes: o racional e o emocional. Esforço para o equilíbrio de duas habilidades, comumente estimuladas assimetricamente. De repente, vem daí o gostinho de desafio...

Seja qual for a razão, só sei que é muito divertido! Reconfortante sensação de vitória em tão pequenas realizações. Serve de exercício para nós treinarmos para resolução de quebra-cabeças sensivelmente mais complicados apresentados pela vida cotidiana.

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