sexta-feira, 27 de março de 2009

Bolhas

Caímos facilmente em armadilhas da atenção.

Quem nunca se pegou hipnotizado a estourar as bolhas de um pedaço de plástico-bolha? Pléc, pléc, pléc! Chega a dar briga a disputa pelo retalho.

É contagiante. Basta ver alguém fazê-lo que ficamos com a cara de pidão, querendo participar. Felizmente as pessoas são solidárias e oferecem, guardam, um pouquinho das bolhas para o próximo.

Quando mudei de apartamento, durante a reforma e pintura do novo local, forrei o chão com plástico-bolha e papelão, para proteger o piso revestido de tacos.

Depois de forrado, mesmo antes da pintura começar, foi divertido andar sobre a nova forração. Estourar bolhas aos montes apenas com o caminhar!

Dava para improvisar uma aula de dança. Sapateado, coco, xote, xaxado, baião, tudo para curtir a farra do barulho das pequenas explosões. Extravasar um pouco da loucura contida em cada um de nós.

Certamente o som das bolinhas deve ativar algum mecanismo primal, bem no âmago da estrutura cerebral humana. Algo relacionado a ritmo, sons da natureza, sei lá... Uma coisa meio rítmica, meio macaco.

Bolinhas deste tipo fazem tanto sucesso que uma empresa japonesa, a Bandai, criou um chaveirinho que reproduz o estourar do plástico-bolha: o Mugen Pop Pop. Simples e portátil, basta apertar os botões do gadget para ouvir o som e ter a sensação de apertar as bolinhas, por apenas US$ 8,99, na Amazon.

A empresa é reponsável por outros tipos de chaveiros de sucesso, como os com bichinhos virtuais (tamagochi) ou um para reproduzir o ato de espremer ervilhas. Porém, a versão das bolhinhas é imbatível. Seu apelido em inglês descreve bem sua característica: Infinite Pop Pop.

Diversão garantida e quase infinita (em algum momento deve quebrar?). Útil para desestressar sem precisar correr para encontrar o fatídico plástico. Além disso, é até ecológico, pois poupa a utilização do derivado de petróleo. Difícil vai ser conseguir parar de usar.

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