Tempo a mais muda nossa perspectiva.
Na esteira de um feriado um pouco televisivo, com um canal homenageando Chaplin, pude rever "Luzes da Ribalta", hoje à noite.
Pode ser a maior disponibilidade de horário, ou mais tempo de vida, mas o fato é que tal revisão revelou nuances nunca antes percebidas. As 'cores' do filme estavam bem diferentes. Deixou de ser mais um clássico em preto e branco.
Ter assistido 'Mounsieur Verdoux' também certamente colaborou. A nova face revelada, do célebre interprete do vagabundo, é intensamente humana, filosófica e questionadora.
Revelou-se um artista muito mais que um simples ator. Chaplin dirigiu, atuou, escreveu músicas, se entregou completamente à realização de suas obras.
Em contraposição ao "Mounsieur Verdoux', neste não há o cinismo, mas uma generosidade muito grande com a vida. Parece existir uma insistente necessidade de reafirmar a nossa existência. Uma necessidade agradável, suave e apaixonada.
O destino de um grande artista, fadado ao esquecimento, nos lembra algumas das inevitabilidades da vida. Recorda-nos também as diferentes posturas possíveis de aceitação. Já dizem há muito tempo os filósofos orientais: "Se algo tem solução, soluciona-se. Caso não tenha, então também já está solucionado".
É uma outra versão do "que não tem remédio, remediado está". Porém não é um versão derrotista, mas complacente com o ciclo dos mistérios da natureza. É um grande segredo estarmos adequados, ensaiados, bailando com o ritmo de nossos destinos. Se a vida lhe dá um limão, então faça uma limonada.
Os diálogos no decorrer da trama são reveladores e intrincados. Demonstram toda a sagacidade e inteligência de seu compositor. Compositor este que ousou cunhar a inesquecível música, construída aos poucos pela história e marcante para todo o mundo cinematográfico.
De todas as maravilhas apresentadas ao espectador, ouso pinçar a frase mais tocante da personagem, Sr. Calvero, a sua desiludida amiga e vizinha: "Tão certo quanto a inevitabilidade da morte é a certeza da inevitabilidade da vida"!
Na esteira de um feriado um pouco televisivo, com um canal homenageando Chaplin, pude rever "Luzes da Ribalta", hoje à noite.
Pode ser a maior disponibilidade de horário, ou mais tempo de vida, mas o fato é que tal revisão revelou nuances nunca antes percebidas. As 'cores' do filme estavam bem diferentes. Deixou de ser mais um clássico em preto e branco.
Ter assistido 'Mounsieur Verdoux' também certamente colaborou. A nova face revelada, do célebre interprete do vagabundo, é intensamente humana, filosófica e questionadora.
Revelou-se um artista muito mais que um simples ator. Chaplin dirigiu, atuou, escreveu músicas, se entregou completamente à realização de suas obras.
Em contraposição ao "Mounsieur Verdoux', neste não há o cinismo, mas uma generosidade muito grande com a vida. Parece existir uma insistente necessidade de reafirmar a nossa existência. Uma necessidade agradável, suave e apaixonada.
O destino de um grande artista, fadado ao esquecimento, nos lembra algumas das inevitabilidades da vida. Recorda-nos também as diferentes posturas possíveis de aceitação. Já dizem há muito tempo os filósofos orientais: "Se algo tem solução, soluciona-se. Caso não tenha, então também já está solucionado".
É uma outra versão do "que não tem remédio, remediado está". Porém não é um versão derrotista, mas complacente com o ciclo dos mistérios da natureza. É um grande segredo estarmos adequados, ensaiados, bailando com o ritmo de nossos destinos. Se a vida lhe dá um limão, então faça uma limonada.
Os diálogos no decorrer da trama são reveladores e intrincados. Demonstram toda a sagacidade e inteligência de seu compositor. Compositor este que ousou cunhar a inesquecível música, construída aos poucos pela história e marcante para todo o mundo cinematográfico.
De todas as maravilhas apresentadas ao espectador, ouso pinçar a frase mais tocante da personagem, Sr. Calvero, a sua desiludida amiga e vizinha: "Tão certo quanto a inevitabilidade da morte é a certeza da inevitabilidade da vida"!
Nenhum comentário:
Postar um comentário