segunda-feira, 3 de março de 2008

Comunicação

Alô? Alô! Quem fala? Com quem gostaria de falar?...

Quem poderia imaginar, pouco mais de 2 séculos atrás, que um diálogo deste tipo seria tão corriqueiro? Soaria estranhíssimo, alienígena ou até coisa do demônio.

Nossa comunicação é nosso elo, nosso diferencial, a liga tênue de toda a espécie humana. Desenvolvemos diversas línguas, mas nada que uma tradução não resolva.

No data de hoje, há 161 anos, nasceu Alexander Graham Bell. Apartadas todas as atuais controvérsias, a invenção do telefone, associada historicamente ao inventor, deu alcance potencialmente infinito a nosso poder de comunicação.

Pensemos em qualquer tipo de comunicação à distância e sempre associamos ao uso de um aparelho telefônico. São muitas as suas faces contemporâneas, mas seu uso final é o mesmo: conectar duas pessoas para uma conversa verbal.

Ouvir a voz de outra carrega identidade. Entonações diferentes remetem a sentimentos diferentes. A complexa estrutura de nossa expressão oral dificilmente é traduzida plenamente de outra forma. Mesmo em nosso choro, ou no choro de um bebê, recebemos uma infinidade de informações.

Sintéticos ou prolixos, formais ou cotidianos, em maior ou menor volume, temos a necessidade indispensável de falar. Amyr Klink, em seu livro "Cem dia entre céu e o mar", relata uma de suas maiores agonias: não ter com quem conversar por dias a fio. Restou-lhe a companhia de gaivotas e animais marinhos para desafogar seu discurso.

Diante disso, só poderia ocorrer o sucesso da invenção do Sr. Bell. A invenção lhe garantiu as bases do império de sua companhia telefônica, a BellSouth Corporation, atualmente parte integrante do Grupo AT&T. Sucesso digno de uma família de célebres elocucionistas.

Os efeitos de uma invenção como o telefone são incomensuráveis. Apesar dos quase 150 anos, seus ecos continuarão a influenciar-nos por muito tempo, mesmo que travestido em novos dispositivos. É uma conversa que rende muito pano pra manga...

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