quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Contradição

Contradizer-se é um ato inerente a alma humana!

Aparentemente não conseguimos negar essa afirmação. Tomemos o exemplo dos robôs: no passado foram 'demonizados', talvez ainda o sejam, mas sua adoção intensa segue em curso.

Nas mais diversas áreas podemos encontrá-los, da automação industrial à guerra, da pesquisa espacial ao puro entretenimento.

Sua evolução já os distanciou do monstro de Frankeinstein, afinal muitos exemplares se tratam apenas de braços mecânicos, com função bem restrita. Em alguns outros casos, são imitações da figura humana, bem pequenas para não nos causar desconforto. Também existem os mecano-pets, ou automo-lates (ambas denominações são um devaneio meu), ou qualquer outra denominação desejada para imitações de bichos de estimação.

Porém a controvérsia não vem dessa aceitação, afinal sua funcionalidade conquista as pessoas e derruba barreiras. O ser humano é convencido pela familiaridade. Um 'monstro' familiar não é tão estranho.

Em uma notícia recente, considerei controversa a adoção dos autômatos para cuidar de idosos no Japão. Em princípio, um grande idéia que remete à Rosie, do desenho dos Jetsons. Um serviçal futurista extremamente dedicado.

Mas o que pensar de um sociedade indiscutivelmente guardiã do respeito e valorização ao idoso, quando esta repassa a responsabilidade de seu cuidado para uma máquina?

Será cuidado extremo? Ou será a comprovação de novos tempos, já não tão cuidadosos? Talvez apenas mais uma de nossas contradições...

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