sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Esperança

Se ao chegar no Metrô, pela manhã, encontramos a plataforma repleta de pessoas, preparamos o espírito, e principalmente o corpo, para a eminente sessão de do-in.

Mas a vida sempre nos reserva surpresas... Com a chegada do trem, no momento da entrada no vagão, nenhum empurrão!

Alguns podem imaginar a ausência total de pessoas, mas tal qual a plataforma, o vagão vinha em toda a plenitude sua lotação. Inesperadamente tudo se ajeitou.

Outros até talvez apostem na perda da sensibilidade, após tantos empurrões nossas células sensoriais estejam abaladas. Nada disso, a consciência corporal é total e através dela essa realidade é percebida.

No pequeno espaço de tempo até a estação Sé, é impossível não ansiar pela decida e estar precavido, atento para não atrapalhar a multidão.

Novamente, surpresa! Uma rara descida civilizada.

Começo a acreditar que o respeito diário pelos outros, na utilização cotidiana do transporte público, está finalmente surtindo efeito.

O ser humano é comportamental e assimila as ações do grupo. Por que, então, pequenas mudanças por nós introduzidas não podem transformar o conjunto? Hoje vivenciei um indício desta possibilidade...

Nenhum comentário: