segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Descarte

Nosso lixo mostra muito de nós.

Luís Fernando Veríssimo já ilustrou de forma sagaz e hilária essa situação, em um conto presente no livro "Comédias da Vida Privada".

No conto, dois vizinhos demonstram o conhecimento a respeito do outro, através de conclusões detetivescas da observação do lixo alheio.

Brincadeiras a parte, podemos pensar em características mais concretas e visíveis de nosso lixo diretamente ligadas ao nosso jeito de ser.

Por exemplo, a quantidade de lixo produzida já diz muito da forma de aproveitamento de nossos recursos. Muito lixo pode ser sinal de grande desperdício. Além disso, em tempos de reciclagem, é essencial a separação do reaproveitável, com conseqüente poupança de recursos naturais.

Mesmo no lixo orgânico, há diferença na sua composição. Uma regra antiga de meus avós guardo ternamente em minha lembrança: jogar comida fora é pecado! Ou seja, uma coisa é dispensarmos cascas, outra é despediçarmos alimento, em meio a tantas misérias cotidianas.

Até mesmo coletivamente temos a responsabilidade de como nossos aterros são mantidos. Devemos cobrar a adequada manutenção e o respeito ao meio ambiente.

Com tantas observações, estarei sendo observado pelo meu vizinho? Passarei a observar mais...

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