terça-feira, 11 de setembro de 2007

Imigrante

É no mínimo intrigante se descobrir um imigrante depois de adulto. Ao menos sou um imigrante sem muito sotaque.

Refiro-me aos termos cunhados por Marc Prensky: nativo digital - designação das pessoas nascidas quando já existiam e-mail, Internet, computadores e imigrantes digitais - a grande maioria de nós, nascidos em tempos de outras tecnologias, menos digitais e apenas adaptados a essa nova 'nação'.

Adaptar-se a esse mundo digital não é fácil. Quanto mais adaptado, menos sotaque se tem, como quando estamos em outro país e precisamos falar outra língua.

A iniciação precoce favorece a melhor fluência na nova língua. Essa foi uma das minhas sortes no mundo digtal.

Um rápido exercício mental nos permite perceber o quanto essa nova nação é distante de outras gerações anteriores. Mesmo eu, um imigrante bem confortável, ainda pude escrever cartas na minha infância!

Fica a dúvida se devemos manter a nostalgia de nossa pátria mãe, ou aceitar nossa nova nação, nova situação, uma vez que é inevitável.

A miscigenação é o bom caminho, algo como um sincretismo cultural, unindo o melhor de dois mundos. A troca e o encontro dos povos dessas duas nações serão os geradores de uma nova humanidade!

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