Diversas vezes nos perguntamos 'por que o Brasil é assim?'...
Na edição da revista Época, desta semana (ed. 488), o repórter Leandro Loyola nos apresenta uma matéria muito consistente a respeito de um livro didático adotado no ensino público.
O texto trata da tendenciosidade desta 'obra' de história, o que já em si é uma temeridade. Lembremos do público-alvo deste material: os jovens estudantes brasileiros em formação.
A questão, por si só, já é suficiente para um protesto, mas mesmo ignorando o problema doutrinário, há o aspecto do formato e das justificativas apresentadas pelos envolvidos.
Deixemos as próprias evidências apresentadas na matéria falarem por si...
Vejamos apenas um único texto emblemático presente no livro, a respeito da Independência do Brasil: “No Museu do Ipiranga, em São Paulo, tem o célebre quadro do pintor paraibano Pedro Américo, retratando o dia 7 de setembro de 1822. Parece um anúncio de desodorante, com aqueles sujeitos levantando a espada para mostrar o sovaco”. (Livro didático? Acadêmico?)
Avaliação realizada pelo Ministério da Educação: "O livro apresenta uma tentativa de análise crítica. Se houvesse viés doutrinário, teria sido excluído na primeira banca". (Qual análise foi realizada? E na comissão de avaliação...?)
Nota da editora sobre a 'obra': "não publica livros para fazer crer nisso ou naquilo, mas para despertar nos estudantes a capacidade crítica de ver além das aparências". (Qual tipo de crítica?)
Justificativa da Universidade que havia avaliado negativamente o material, mas aprovou assim mesmo: "Há que ter em vista o que, num dado momento, estava disponível no mercado".
Opinião do ministro da Educação: "Vemos mais desvantagens que vantagens nessa exposição... Considero mais pedagógico levar ao conhecimento do autor as objeções e permitir que ele reapresente o livro com alteração que torne viável sua inclusão.".
Ignorância é o pior de todos os males. Porém, a falsa e manipulada sabedoria é muitas vezes pior. Sem falar no fato de estarmos no tempos de Wikipedia, e de outras tantas fontes de informação, muito mais confiáveis, apesar de toda a discussão. Ao menos provocarão o questionamento mais construtivo...
A velha máxima foi esquecida: "Não devemos julgar o livro pela capa!". Aliás, falta até mesmo conceituar LIVRO!
Depois perguntamos 'por que o Brasil é assim?'...
Na edição da revista Época, desta semana (ed. 488), o repórter Leandro Loyola nos apresenta uma matéria muito consistente a respeito de um livro didático adotado no ensino público.
O texto trata da tendenciosidade desta 'obra' de história, o que já em si é uma temeridade. Lembremos do público-alvo deste material: os jovens estudantes brasileiros em formação.
A questão, por si só, já é suficiente para um protesto, mas mesmo ignorando o problema doutrinário, há o aspecto do formato e das justificativas apresentadas pelos envolvidos.
Deixemos as próprias evidências apresentadas na matéria falarem por si...
Vejamos apenas um único texto emblemático presente no livro, a respeito da Independência do Brasil: “No Museu do Ipiranga, em São Paulo, tem o célebre quadro do pintor paraibano Pedro Américo, retratando o dia 7 de setembro de 1822. Parece um anúncio de desodorante, com aqueles sujeitos levantando a espada para mostrar o sovaco”. (Livro didático? Acadêmico?)
Avaliação realizada pelo Ministério da Educação: "O livro apresenta uma tentativa de análise crítica. Se houvesse viés doutrinário, teria sido excluído na primeira banca". (Qual análise foi realizada? E na comissão de avaliação...?)
Nota da editora sobre a 'obra': "não publica livros para fazer crer nisso ou naquilo, mas para despertar nos estudantes a capacidade crítica de ver além das aparências". (Qual tipo de crítica?)
Justificativa da Universidade que havia avaliado negativamente o material, mas aprovou assim mesmo: "Há que ter em vista o que, num dado momento, estava disponível no mercado".
Opinião do ministro da Educação: "Vemos mais desvantagens que vantagens nessa exposição... Considero mais pedagógico levar ao conhecimento do autor as objeções e permitir que ele reapresente o livro com alteração que torne viável sua inclusão.".
Ignorância é o pior de todos os males. Porém, a falsa e manipulada sabedoria é muitas vezes pior. Sem falar no fato de estarmos no tempos de Wikipedia, e de outras tantas fontes de informação, muito mais confiáveis, apesar de toda a discussão. Ao menos provocarão o questionamento mais construtivo...
A velha máxima foi esquecida: "Não devemos julgar o livro pela capa!". Aliás, falta até mesmo conceituar LIVRO!
Depois perguntamos 'por que o Brasil é assim?'...
Um comentário:
Ótimo post e ótimo blog. Concordo com suas críticas, são construtivas. Faz bem ler seus comentários. Continue sempre assim. Obrigada por deixá-lo disponível
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