quinta-feira, 17 de maio de 2007

Direito

É interessante notar como o Direito se originou do errado. Explico...
Como bem pontuou meu professor de Direito, nunca um cliente entrou em contato para dizer-lhe: "Gostaria de contratá-lo para celebrar o cumprimento de meu contrato!", ou então, "Você poderia prestar-me serviços para agradecer pelo respeito da operadora de telefonia comigo?". Pois é, todo contato que ele recebe é para alguma reclamação, conflito ou discussão. Um litígio.
De certa forma, as leis surgiram para regular a vida porque, em algum momento, alguém agiu errado ou intencionou fazê-lo. Se é dito que não se pode matar alguém, é porque alguém já matou ou tentou.
Se não houvesse o erro, não haveriam as leis e, conseqüentemente, o Direito.
Será que é tão intríseco o desvio humano? Que marca é essa que levamos tão profundamente para a tendência ao errado?
É tão profunda que inventamos a profissão para discutir o certo e o errado, e o quanto estes o são...

Um comentário:

René disse...

Acredito que é uma questão filosófica e/ou psicológica. Se você conversar com um psicólogo ele lhe dirá que todo ser-humano nasce ruim de índole. Na prática, isso é facilmente provado, pois é como você disse: as leis só existem porque o ser-humano insiste em querer levar vantagem em tudo e acaba fazendo coisas erradas; e portanto é necessário estabelecer regras e punir quem não as cumpre. Por isso sempre digo que o ser-humano é capaz de inventar muitas engenhocas, construir pontes imensas, máquinas que calculam tudo; mas não evoluiu um centímetro sequer na sua própria humanidade. Continuamos matando, fazendo guerras, tudo para obter vantagens sobre outros seres-humanos. Somos animais dotados de consciência e que, apesar dessa dádiva sobre os animais irracionais*, continuamos a não nos entendermos.

*animais irracionais - quem deu essa denominação ao animais foi o ser-humano, que muitas vezes age sem razão nenhuma! Ainda vamos demorar para "crescer".