Se Wagner pudesse ver isso...
Aliás, Wagner, Puccini, Villa-Lobos ou Verdi, qualquer destes grandes compositores se surpreenderia com essa história de ópera no cinema.
Elaboradas para suntuosas casas de espetáculo do passado, reservadas a seletos grupos de ouvintes, as obras destes ilustres autores hoje podem ser vistas em cinemas pelo país.
Não apenas assistidas em eventos gravados e reproduzidos, mas ao vivo, direto do Teatro Metropolitan de Nova Iorque. Sem poupar tecnologia, com direito a imagens HD e som digital, além do conforto de salas bem projetadas e ambientadas.
Apesar de suas linguagens artísticas possuírem toques universais, sonharem em alcançar plateias pelo mundo, seus universos certamente eram muito mais restritos aos círculos sociais de sua época, às provincianas cidades (mesmo com sonhos metropolitanos) de mais de um século atrás.
Como será que estes senhores de outras épocas entenderiam tamanha distribuição simultânea de seus filhos. Eventos que ocorrem em 46 países, dá para imaginar a plateia total somada ao redor do planeta, sentada em suas confortáveis poltronas no mesmo momento, apreciando as pérolas destes outros mundos.
Consolo para quem não pode se deslocar por continentes para assistir uma obra-prima deste porte, nem tem acesso aos poucos locais disponíveis para apresentação em sua cidade, quando estes existem. Penso até na questão dos inúmeros fusos horários necessitados de conciliação...
Sem querer fazer propaganda, mas já fazendo, aqui em São Paulo teremos "O Ouro do Reno", no dia o9/10, na rede Cinemark. Primeira parte o ciclo épico "O Anel do Nibelungo", esta e outras programações podem ser encontradas no site MovieMobz.
Verdadeiro movimento de globalização da cultura clássica, a transmissão destes espetáculos me causa certa estranheza, em princípio. Algo da aura, do glamour existente, parece ser perdido nesta nova versão, nova apresentação do antigo produto.
Por outro lado, a ordem é essa mesma, reinventar. Os adventos digitais, os ventos das mudanças tecnológicas têm empurrado tudo e todos numa tempestade de inovações. Acertadas ou equivocadas, as iniciativas estão aí para experimentarmos.
Fica a dúvida do que fazer no momento dos aplausos. Ou então, como ficarão os entusiásticos pedidos de bis? Sem falar no cheiro de madeira dos teatros, as emanações do palco, dos músicos e cantores. Espero ao menos que a emoção da audição se preserve...
Aliás, Wagner, Puccini, Villa-Lobos ou Verdi, qualquer destes grandes compositores se surpreenderia com essa história de ópera no cinema.
Elaboradas para suntuosas casas de espetáculo do passado, reservadas a seletos grupos de ouvintes, as obras destes ilustres autores hoje podem ser vistas em cinemas pelo país.
Não apenas assistidas em eventos gravados e reproduzidos, mas ao vivo, direto do Teatro Metropolitan de Nova Iorque. Sem poupar tecnologia, com direito a imagens HD e som digital, além do conforto de salas bem projetadas e ambientadas.
Apesar de suas linguagens artísticas possuírem toques universais, sonharem em alcançar plateias pelo mundo, seus universos certamente eram muito mais restritos aos círculos sociais de sua época, às provincianas cidades (mesmo com sonhos metropolitanos) de mais de um século atrás.
Como será que estes senhores de outras épocas entenderiam tamanha distribuição simultânea de seus filhos. Eventos que ocorrem em 46 países, dá para imaginar a plateia total somada ao redor do planeta, sentada em suas confortáveis poltronas no mesmo momento, apreciando as pérolas destes outros mundos.
Consolo para quem não pode se deslocar por continentes para assistir uma obra-prima deste porte, nem tem acesso aos poucos locais disponíveis para apresentação em sua cidade, quando estes existem. Penso até na questão dos inúmeros fusos horários necessitados de conciliação...
Sem querer fazer propaganda, mas já fazendo, aqui em São Paulo teremos "O Ouro do Reno", no dia o9/10, na rede Cinemark. Primeira parte o ciclo épico "O Anel do Nibelungo", esta e outras programações podem ser encontradas no site MovieMobz.
Verdadeiro movimento de globalização da cultura clássica, a transmissão destes espetáculos me causa certa estranheza, em princípio. Algo da aura, do glamour existente, parece ser perdido nesta nova versão, nova apresentação do antigo produto.
Por outro lado, a ordem é essa mesma, reinventar. Os adventos digitais, os ventos das mudanças tecnológicas têm empurrado tudo e todos numa tempestade de inovações. Acertadas ou equivocadas, as iniciativas estão aí para experimentarmos.
Fica a dúvida do que fazer no momento dos aplausos. Ou então, como ficarão os entusiásticos pedidos de bis? Sem falar no cheiro de madeira dos teatros, as emanações do palco, dos músicos e cantores. Espero ao menos que a emoção da audição se preserve...
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